Brasília, 25/11/2003 (Agência Brasil – ABr) - A tecnologia oftalmológica e o avanço da ciência estão melhorando a qualidade de vida de pessoas com altos graus de miopia ou córneas muito delgadas ou excessivamente flexíveis. O implante de lentes intra-oculares, ideal para pacientes com mais de seis graus, e os implantes intra-estromais, que dão maior resistência às paredes da córnea, já estão sendo aplicados com sucesso em todo o país.
Os anéis intra-estromais são dois microscópicos segmentos de arco feitos de metilmetacrilato (uma espécie de acrílico especial) que são introduzidos no tecido da córnea para aumentar sua sustentação. O anel é utilizado para a correção das deformações corneanas do Ceratocone, ou seja, córneas que perderam a qualidade ótica e não conseguem boa visão mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato.
O implante intra-estromal é apenas uma das novas técnicas de reestruturação da arquitetura corneana."Este anel funciona como se fosse um esqueleto para a córnea. Além de sustentá-la, ele consegue diminuir as aberrações que surgem no ceratocone", explica o Dr. Leonardo Akaishi, do Hospital Oftalmológico de Brasília. Também conhecido como "Anel de Ferrara", o recurso pode ser uma solução capaz de evitar, em alguns casos, medidas radicais como o transplante de córnea.
O implante intra-ocular é um procedimento ainda mais simples e que necessita apenas de anestesia local. A cirurgia dura em torno de 15 minutos e pode ser feita com dois tipos de lentes: a intra-ocular (conhecida com ICL) ou a lente de Artisan. Em ambos os casos, o candidato precisa realizar uma série de exames para constatar se pode ou não se submeter à cirurgia. Segundo Leonardo Akaishi, na maioria das vezes o pós-operatório é tranqüilo e o paciente já sai da sala de cirurgia enxergando bem melhor.