Brasília, 25/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Um filme sensível, que aborda de maneira poética a difícil tarefa de ser ator, "Harmada", de Maurice Capovilla, foi o último filme exibido na mostra competitiva do 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na noite de ontem (24). A cerimônia de premiação está prevista para as 20h30 de hoje, no Teatro Nacional Cláudio Santoro.

Para essa experiência de falar de cinema dentro do próprio cinema, o diretor contou com a experiência do ator Paulo César Peréio e apostou em Patrícia Libardi, uma atriz de teatro que viveu em "Harmada" seu primeiro papel nas telas. Velho conhecido das telas, Peréio já foi dirigido por Glauber Rocha em "Terra em transe" (1966), Arnaldo Jabor em "Toda nudez será castigada" (1973) e, mais recentemente, por Neville D'Almeida em "Navalha na Carne" (1997) e Paulo Cezar Saraceni em "O Viajante" (1999). Estes são apenas alguns dos mais de 50 filmes em que trabalhou.

"Harmada" conta a luta de um homem pela sobrevivência. É na arte de contar histórias e de interpretar que ele encontra a força para se reerguer. Baseado no livro homônimo de João Gilberto Noll, o filme faz duras críticas, em tom divertido, à maneira como o teatro e o ator são tratados.