Rigotto defende permanência de Dilma Rousseff

24/11/2003 - 16h29

Brasíia, 24/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, fez hoje uma defesa pública da permanência da ministra Dilma Roussef à frente do Ministério de Minas e Energia. Depois de reunir-se com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o governador disse que a ministra "está fazendo tanto em sua área que seria uma pena se alguém pudesse pensar em mudança".

O governador garantiu que a defesa contundente da ministra não está relacionada ao fato dela ser gaúcha. "Seria uma perda ter uma troca. Eu poderia citar outros nomes, mas não vou avançar muito porque daí eu cito uns e não cito outros. Eu estou colocando um exemplo de alguém que eu vejo um trabalho excelente na área, que eu acredito que não tem porque mudar", enfatizou. Rigotto desconversou ao ser questionado se, por algum motivo, a ministra estaria entre os cotados para deixar a pasta na reforma ministerial. "Não sou eu que devo dizer quem deve mudar, quem deve ficar. É uma decisão do presidente Lula. Ele tem que saber a hora da mudança, onde vai mudar. É ele que dá a palavra final e é ele quem deve falar. Qualquer mudança é o presidente quem faz", disse.

A reforma ministerial, porém, não foi tema da conversa de Rigotto com o ministro Dirceu. O governador, um dos principais articuladores da reforma tributária, veio conversar sobre a tramitação da proposta no Senado. Rigotto voltou a defender a votação imediata de mudanças na unificação da alíquota do ICMS para vigorar a partir de 2005. "A votação deve ser agora. Eu não concordo tirar o ICMS da reforma tributária, porque aí ela fica um remendo fiscal. O senador Romero Jucá me garantiu hoje, e o próprio ministro José Dirceu, que a idéia é ter a votação do todo, inclusive o ICMS, com esta data de 2005 para unificar, para ter as cinco alíquotas ao invés das 44 e, em 2007, ter a criação do IVA", ressaltou Rigotto.

Sobre a reforma da Previdência, que deverá ser votada em primeiro turno esta semana no Senado, o governador voltou a defender um subteto único para o Rio Grande do Sul, e que o limite seja o salário do desembargador - e não do próprio governador. "Eu não tenho dúvida que um subteto é melhor que três. O que tem que se garantir é que o estado que desejar ter um subteto, tenha. Que ele possa decidir isso em sua Assembléia Legislativa", disse.

Gabriela Guerreiro e Nelson Motta