Rio, 21/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Um convênio no valor de R$ 2,4 milhões será firmado entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o governo do Rio de Janeiro com o objetivo de ajudar o programa RioBiodiesel, que é desenvolvido no estado. A informação é do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fernando Peregrino, que participou hoje da assinatura de convênio que prevê a adesão da Volkswagen ao programa.
O estado recebeu da montadora um ônibus que será testado com o combustível. Com o veículo, que irá circular pelo interior do estado, o governo pretende mostrar os benefícios do biodiesel (extraído de plantas oleaginosas), que é muito mais limpo e econômico. De acordo com Peregrino, 10 instituições participam do programa e a Volks é a primeira empresa automobilística do país a aderir ao RioBiodiesel.
O secretário explicou que os recursos oriundos do convênio com o MCT (R$ 1,2 milhão do governo federal e a outra metade do governo do estado) serão aplicados no módulo rural, em fase inicial com o plantio de girassol em nove municípios, e no módulo tecnológico que desenvolverá a tecnologia de uso do biodiesel.
Peregrino disse acreditar que no espaço de um ano o novo combustível já esteja regulamentado no país. De acordo com ele, para o programa ser homologado faltam ainda normas que serão definidas pelo Governo Federal e a adoção de políticas de preço, e de distribuição, que devem ser traçadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Resultado de quatro anos de pesquisa, o projeto RioBiodiesel foi desenvolvido pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, ligado à Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o objetivo de transformar óleo vegetal novo ou usado em combustível. Segundo informações da Coppe, testes químicos já revelaram que as principais características do biodiesel são similares a do óleo diesel usado em veículos de transportes e na geração de energia elétrica. A entidade informa ainda que o uso de biodiesel permite uma grande redução de emissão de monóxido de carbono e fumaça negra.