Rio, 21/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Petrobras não terá direito de utilizar o gás descoberto nos dois campos da bacia de Burgos, cujas licitações para exploração e desenvolvimento da produção ela venceu em parceria com a japonesa Teikoku e com a mexicana Diavaz.
Segundo explicou o diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, as licitações foram para prestação de serviço, o que significa que as empresas que compõem o consórcio têm a garantia da compra do gás descoberto, por parte da Pemex, com previsão de remuneração mínima sobre os US$ 525 milhões que serão investidos nos próximos 15 anos pelo consórcio da ordem de 14% a 15% ao ano.
"Não existe risco exploratório no empreendimento. A Bacia é de grande porte, o gás é garantido e o objetivo da Petrobras é achar a maior quantidade de gás com o menor investimento possível, de modo a aumentar a rentabilidade sobre o gás comercializado com a Pemex", afirmou Cerveró.
Cerveró negou que a Petrobras vá se transformar em uma empresa prestadora de serviços e que o contrato assinado com a Pemex esta sendo atípico e serve para marcar a presença da estatal na parte mexicana do Golfo, onde ela já atua na produção de petróleo, só que na parte americana.
"Entramos também porque consideramos a taxa de retorno satisfatória e a presença de praticamente todas as grandes empresas petrolíferas nas licitações confirma a vantagem do empreendimento. O risco é pequeno, inexistente mesmo, a taxa de retorno é razoável, mas não são permitidos grandes vôos", afirmou o diretor.
Nielmar de Oliveira