Rio, 21/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - As bactérias transportadas pela pesquisadora da Fiocruz, Dália Prazeres Rodrigues, que foram roubadas de seu carro, ontem à noite, não provocam febre tifóide nem cólera, como inicialmente se supôs. O esclarecimento foi dado hoje pelo presidente da Fiocruz, Paulo Buss, e pela própria pesquisadora do Instituto de Bacteriologia da instituição, durante entrevista coletiva à imprensa.
Segundo Buss, o máximo que as amostras das bactérias podem provocar, se ingeridas, são infecções intestinais do tipo diarréico, que podem ser curadas com antibióticos receitados em posto de saúde ou na emergência de qualquer hospital. "Esses não são conteúdos que causem extraordinário risco à pessoa, nem a quem entrar em contato com ela", assegurou. Dália esclareceu que, no caso de uma pessoa com deficiência imunológica, ela poderá ter uma infecção generalizada se demorar mais de quatro dias para procurar tratamento.
O material transportado pela pesquisadora era composto de cerca de 12 placas vazias e oito tubos plásticos contendo amostras das bactérias Stafiloccocus áureo, presente na flora normal da pele, que pode provocar infecções variadas, de acordo com o paciente; Salmonela, micro-organismo gran negativo, encontrado em qualquer tipo de ser vivo, que pode determinar gastrenterite; Escherichia coli, que provoca diarréia e Interoccocus faecalis que pode resultar em infecções intestinais.