Rio, 21/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Uma experiência inédita começou a se tornar realidade hoje com a diplomação dos primeiros 140 alunos do curso de "Ecoeficiência Hospitalar" da Baixada Fluminense. O curso, antes voltado para empresas, começou no dia 3 deste mês e terminará em dezembro, formando um total de 860 profissionais de saúde, com cota de 25% para desempregados.

A turma é a primeira do Brasil na especialidade, formada com os conceitos de Produção Mais Limpa aplicados em empresas pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que coordena o curso. A proposta é mudar o conceito de administração hospitalar, ensinando a maneira correta de classificar e selecionar o lixo, tratamento adequado de esgoto, como diminuir o índice de infecção entre pacientes e profissionais de saúde e evitar o desperdício de medicamentos.

O presidente do CEBDS, Fernando Almeida, considera de extrema importância que as noções, antes aplicadas para as elites empresariais, cheguem ao setor da saúde da Baixada, "quebrando um ciclo pernicioso das elites". Segundo ele, os alunos estão otimistas e ansiosos para trabalhar com a nova visão "porque hoje os hospitais são instrumentos de cura, mas também de doenças".

A proposta do curso partiu do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense, que reúne 10 municípios, como Nova Iguaçu, Caxias, Queimados e Nilópolis e é realizado em parceria com o ministério do Trabalho, que destinou recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no valor de R$ 260 mil, e coordenado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Os alunos são indicados para o curso pelas Comissões Municipais de Trabalho dos 10 municípios que integram o Consórcio da Baixada.