Brasília, 20/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, admite que existem estudos para elevar o limite de isenção na tabela do imposto de renda da pessoa física sem alterar as demais faixas. Para evitar perdas na arrecadação, porém, as deduções com educação, saúde e dependentes seriam reduzidas.

"Seria bom ajudar um pouco o pessoal do andar de baixo, mas infelizmente para que isso seja possível precisamos cobrar a conta do pessoal do andar de cima. Na verdade existem vários estudos, mas não tem nada definido", disse ele.

Rachid fez questão de deixar claro que a Receita Federal, a pedido do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tem vários estudos com simulações sobre as mudanças na tabela do imposto de renda e as implicações na arrecadação e na carga tributária.

Outra alternativa seria manter a alíquota de 27,5% , que a partir de janeiro do ano que vem voltaria a ser de 25%. Projeto de lei do governo já está no Congresso Nacional propondo a manutenção da alíquota.

NOVO SECRETÁRIO

O novo secretário-adjunto de Fiscalização da Receita Federal é Paulo Ricardo Cardoso. Ele era coordenador de fiscalização e substitui Leonardo Couto, que pediu exoneração do cargo depois que gravações sob segredo de Justiça vazaram com diálogos entre o auditor Flávio Correa e Couto com críticas ao corregedor da Receita Federal, Moacir Leão.

Couto também teria usado termos desrespeitosos ao ser referir ao seu superior hierárquico, o secretário Jorge Rachid.

Para o lugar de Paulo Ricardo assume o coordenador-adjunto da Fiscalização, Marcelo Fisch. O anuncio foi feito durante as comemorações de 35 anos da Receita Federal.