CPI dos Planos de Saúde tenta consenso até terça-feira

20/11/2003 - 6h59

Brasília - A CPI dos Planos de Saúde da Câmara adiou para a próxima terça-feira a votação do relatório de Ribamar Alves (PSB-MA). O presidente da CPI, Henrique Fontana (PT-RS), acredita que esse prazo poderá servir para o fechamento de um acordo sobre os pontos sem consenso, entre os quais está a limitação em 100% do índice de reajuste das mensalidades dos planos de saúde entre a primeira e a última faixa etária. Atualmente, as operadoras estão autorizadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a praticar reajuste que varia entre 500% e 600%, entre as seis faixas.

Relatório

Henrique Fontana destacou alguns pontos do relatório que são consensuais, como a criação da taxa de ressarcimento ao SUS pelo atendimento na rede pública dos pacientes associados a planos privados. Ele citou também a proibição da cobrança do cheque-caução pelos hospitais privados, e a sugestão para que a ANS crie uma central de atendimento para atender as reclamações e dúvidas dos usuários.

O presidente da CPI defendeu o relatório que, segundo ele, levantou as principais irregularidades praticadas pelas empresas de planos de saúde. Ele disse que o documento contém medidas importantes para defender o usuário e exigir das operadoras alguns ajustes para melhorar o setor.

Fontana lembrou que as operadoras de planos de saúde estão no mercado para vender saúde, visando ao lucro, e não para ajudar o SUS no atendimento médico-hospitalar. Ele elogiou algumas propostas contidas no relatório, citando como exemplo a regulamentação da migração dos planos de saúde contratados antes do dia 2 de janeiro de 1999 para o regime instituído pela Lei 9656/98.

As informações são da Agência Câmara