Controladoria assinará convênio com 20 estados para combater a corrupção

20/11/2003 - 13h04

Brasília, 20/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Controle e da Transparência, Waldir Pires, anunciou hoje, na terceira etapa do Fóruns do Planalto - Agenda do Governo, Políticas Públicas e Gestão, promovido pela Casa Civil, que a Controladoria-Geral da União vai assinar até segunda-feira, convênio com 20 Estados para o combate à corrupção com o auxílio dos Ministérios Públicos estaduais e o Tribunal de Contas da União (TCU).

Ao abordar o tema "Controle, Ética e Transparência", o ministro Waldir Pires fez um balanço do trabalho desenvolvido até hoje. Segundo o ministro, foram realizadas 15 mil ações de fiscalização, em 281 municípios, somando R$ 2 bilhões de recursos fiscalizados. "São métodos e objetivos que vão nos permitir avançar muito contra a corrupção", destacou Pires.

O ministro defendeu a quebra do sigilo bancário para identificação dos crimes de lavagem de dinheiro, como no caso do Banestado. "É necessário que alguns setores da sociedade, seriamente empenhados na luta contra a corrupção, tenham acesso à quebra do sigilo", disse. E propôs a interação do Judiciário, Ministério Público e a Controladoria para o trabalho de combate à transferência de dinheiro de forma ilegal.

Waldir Pires também defendeu o recadastramento dos idosos como instrumento eficaz para identificar possíveis fraudes, dentro da política do governo de combater as fraudes na Previdência. "O recadastramento é indispensável. Se estiver havendo a fraude é preciso impedi-la, mas é evidente que houve um gol contra", disse o ministro, se referindo à decisão do Ministério da Previdência de exigir o recadastramento nos postos do INSS dos idosos com mais de 90 anos - decisão depois revogada. Segundo o ministro, devem ser usados outros métodos, como ir até o idoso e não obrigá-lo a entrar numa fila.

O ministro revelou que está idealizando, em conjunto com o ministro da Educação, Cristovam Buarque, iniciativas nas escolas com o objetivo de repassar informações relacionadas à ética e cidadania, "de forma a levar às crianças de sete ou oito anos conhecimentos para evitar o roubo do dinheiro público, criando uma consciência pública desde a infância".