Brasília, 20/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Caixa Econômica Federal (CEF) obteve lucro líquido de R$ 494,6 milhões no trimestre de julho a setembro, elevando para R$ 1,35 bilhão os ganhos do ano, conforme números apresentados pelo presidente da instituição, Jorge Mattoso, hoje cedo, em entrevista no Centro Cultural do estbelecimento.
Ele disse que o Programa de Racionalização de Gastos (Proged) contribuiu para o maior lucro da história da CEF: 32,7% a mais que o conseguido em igual período do ano passado. O Proged, segundo ele, permitiu economia de R$ 162 milhões, com redução de despesas e renegociação de contratos, de janeiro a setembro, e deve chegar a R$ 240 milhões até final do ano.
Jorge Mattoso ressaltou que houve "forte crescimento" da Caixa no mercado de crédito comercial, com os contratos somando R$ 7,79 bilhões. Comparado com o mesmo período de 2002, houve aumento, segundo ele, de 23% no volume de operações realizadas no terceiro trimestre, quando os 16,2 mil pontos de atendimento da Caixa operaram mais de 567 milhões de transações.
Ao contrário da tendência de mercado, Mattoso disse que a caderneta de poupança da CEF cresceu R$ 538 milhões do trimestre, e totalizou R$ 43,4 bilhões, em 30 de setembro, o que representa 31% do mercado de poupança. Ele acrescentou que a Caixa também apresentou resultados positivos na execução dos programas de transferência de renda do Governo federal, ao pagar 57,77 milhões de benefícios, no valor total de R$ 705 milhões.
De acordo com Mattoso, os resultados do trimestre mostram que a instituição está trabalhando com "maior eficiência e racionalização de gastos". Por isso, acrescentou, "conseguimos equacionar a missão de banco social e de agente de fomento, com geração de lucros. Estamos cada vez mais fortes na oferta de crédito, e passamos a oferecer produtos competitivos com o setor privado para os segmentos de maior renda".
Ele espera que o fortalecimento da CEF no mercado de crédito comercial eleve a carteira de empréstimos em torno de 75%, no ano que vem, "graças à queda da taxa Selic"; e prevê crescimento, ainda, da infra-estrutura da Caixa, por causa da elaboração dos planos diretores de investimento em informática e da expansão da rede física, com abertura de 450 novas agências e postos bancários, além da contratação de mais 2 mil correspondentes bancários.