Reunião do Copom poderá definir redução da taxa Selic

18/11/2003 - 8h50

Brasília, 18/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciará às 15h a reunião mensal de dois dias para avaliar a condução das diretrizes de política monetária e definir possível redução da taxa básica de juros, a taxa Selic, que baliza a média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liqüidação e Custódia.

Na primeira fase da reunião, o presidente e diretores do Banco Central que integram o Comitê assistem a exposições técnicas dos chefes de departamento e do gerente-executivo de Relacionamento com Investidores, que apresentam análises da conjuntura interna, em especial quanto ao controle inflacionário, finanças públicas, balanço de pagamentos, reservas, mercado de câmbio e agregados monetários.

A reunião de hoje é uma avaliação prospectiva das tendências da inflação e análise das expectativas sobre variáveis macroeconômicas. A decisão sobre a taxa básica de juros só será anunciada no final da tarde de amanhã, depois da segunda fase da reunião, que deve começar também por volta das 15h, com participação apenas da diretoria do BC, com direito a voto, e do chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), sem voto.

A expectativa dos analistas de mercado é otimista, de acordo com o Boletim Focus, divulgado ontem pelo BC, e que aponta eventual redução dos atuais 19% para 18% ao ano. Com isso seria mantida a trajetória de queda iniciada no mês de junho, quando a taxa Selic estava em 26,5%, o mesmo percentual desde fevereiro. Em junho, a redução foi de 0,5%; em julho, de 1,5%; em agosto, de 2,5%; em setembro, de 2%; e na reunião do mês passado, de 1%.

Agora, além da expectativa positiva do mercado, impulsionada pelos sinais de recuperação da indústria e do comércio, os analistas fizeram uma leitura esperançosa da ata da última reunião do Copom, que considerou que a economia vivia um "cenário favorável", com "espaço para quedas adicionais" da taxa básica de juros no futuro. Eles alegam também que a inflação também está sob controle, com índices abaixo das previsões do próprio mercado.