Rio, 18/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os pequenos produtores da agricultura familiar passam a contar, a partir de hoje, com R$ 1 milhão para financiar a produção e comercialização de flores. Os recursos são do Programa Florescer, criado hoje por decreto do governo fluminense. O secretário estadual de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Interior, Christino Áureo, destacou que os juros são de 2% ao ano, a menor taxa do Brasil e uma das menores do mundo.
Os produtores já podem procurar os escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater) para providenciar seu cadastro. O programa entra em operação em dezembro. Áureo revelou que até o final de 2004 serão investidos R$ 3 milhões no programa, dotação suficiente para financiar 150 projetos novos, à média de R$ 20 mil por projeto, o que vai gerar 1.800 postos de trabalho. Segundo ele, até 2006, o governo pretende dobrar o número de pessoas envolvidas com floricultura no estado, hoje de 6 mil produtores.
O crescimento da produção e a geração de trabalho são os dois principais objetivos do Florescer, disse Áureo. Atualmente, a produção fluminense de flores e plantas, de alto valor agregado, representa cerca de R$ 40 milhões por ano. O secretário disse que quer elevar esse montante a R$ 100 milhões, em 2006. Se envolver toda a cadeia produtiva, incluindo exportação e o mercado interno, a floricultura fluminense gera negócios entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões anuais.
Áureo lembrou que, além de crédito barato, o Programa Florescer dá aos pequenos produtores rurais assistência técnica de qualidade e inovação tecnológica, fomentando a comercialização não só de flores e plantas ornamentais, mas também de plantas medicinais e condimentares.
O trabalho que vem sendo desenvolvido pela secretaria, de fomento à comercialização fluminense, já conta com o Laboratório Simões, que vai adquirir a produção de fitoterápicos, e a Indústria Yoki, com mais de 150 itens de condimentos comercializados, que assumirá a compra da produção de plantas condimentares e aromáticas, garantindo dessa forma mercado para os produtores.
O secretário lembrou que se assiste atualmente a um "boom" na produção de plantas ornamentais na área de decoração, jardinagem e paisagismo, relacionado à melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente.