Lula destaca êxito em metas de erradicação da pobreza

17/11/2003 - 10h35

Brasília, 17/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil teve êxito ao longo das últimas décadas em agumas metas para erradicar pobreza, entre as quais, "a queda da taxa do mortalidade infantil, salto expressivo nas matrículas do ensino fundamental e uma política eficaz de comate à Aids". A avaliação foi feita há pouco pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao participar da Conferência Internacional de Consenso Político para Implementação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na América Latina e no Caribe, que está sendo realizada do Hotel Blue Tree, promovida pelo Banco Internacional de de Desenvolvimento(BID), Banco Mundial(Bird), Programa das Nações Unidas para o Desencolvimento(|PNUD) e Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal).

Mesmo com os avanços citados, o presidente disse que "é forçoso admitir que avanços pontuais num cenário asfixiante de desenvolvimento têm impacto reduzido sobre a dinâmica da redução da desigualdade". Para ele, "a única resposta efetiva à miséria é a sociedade que não gera exclusão".

Lula disse ainda que o governo vai investir na área de saneamento básico, em 2004, R$ 3 bilhões por conta do superávit extra deste ano e mais R$ 3 bilhões da Caixa Econômica Federal e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo ele, o total de recursos representa 20 vezes mais em relação ao aplicado em 2002. Ele enfatizou que para universalizar o saneamento básico seriam necessários R$ 42 bilhões e pediu a participação do setor privado no projeto de Parcerias Público Privadas para "construir uma infra-estutura capaz de assegurar um novo ciclo de desenvolvimento".

Lula reafirmou que o "Brasil não quer, não pode e não vai abdicar do desenvolvimento". E acrescentou que diante da postura de vencer a pobreza e a miséria, e diante do afunilamento de opções externas e do inegociável compromisso do Brasil com estabilidade, o governo elegeu o caminho que consolida a visão de mundo e sedimenta um ciclo histórico, o que para ele representan negciações transparentes, soberanas e por justiça. Isto significa, de acordo com o presidente, dizer que a retomada do desenviolvimento dos países pobre não é uma equação unilateral. O Brasil tem trabalhado "incansavelmente", acrescentou o presidente, para consolidar alianças e aprcerias que permitam as nações pobres recuperar o arbítrio sobre o seu destino e portanto seu desenvolvimento.

A Conferência Internacional sobre as metas de Desenvolvimento do Milênio na América Latina e no Caribe começou ontem (16) e visa avaliar os desafios impostos aos governos, sociedade civil e organismos internacionais para a implantação de oito objetivos, aprovados por 189 países na Assembléia das Nações Unidas em 2000. Os objetivos são os seguintes: erradicar a extrema pobreza e a fome com meta de reduzir pela metade até 2015; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saude materna; combater o HIV-Aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.