Brasília, 17/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Educação, Cristovam Buarque, afirmou hoje que o poder legislativo precisa participar dos avanços do processo de erradicação da pobreza. Ele atuou como mediador na Segunda Sessão dos Congressistas da América Latina e do Caribe e na Agenda dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, dentro da programação da Conferência Internacional de Consenso Político para Implementação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na América Latina e no Caribe, que está sendo realizada em Brasília.

Na opinião do ministro, os parlamentos têm que avançar mais depressa que os governos, já que esses são conservadores. "É preciso que o parlamento cobre mais do governo. Eu queria que os parlamentares cobrassem mais de mim", afirmou Cristovam. Ele criticou a visão corporativista dos parlamentares: "É preciso que cada parlamentar saia da visão corporativista dos seus eleitores e fale pelo país como um todo". O ministro destacou que, para sair da pobreza, é preciso uma base econômica, o que, de acordo com ele, já existe no caso do Brasil.

Cristovam observou que, às vezes, o crescimento econômico gera pobreza, e citou novamente o Brasil como exemplo, porque, segundo ele, o país conta com uma infra-estrutura econômica, graças ao abandono, nos últimos anos, da infra-estrutura básica, da saúde e da educação.