Milena Galdino
Enviada especial à Bolívia
Santa Cruz de la Sierra – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu ontem a idéia de que cada vez mais países concordam com a idéia de reformas no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, onde o Brasil novamente ocupará, a partir de janeiro até o final de 2005, uma vaga temporária.
"Eu acho que essa discussão tem evoluído bem, e o nome do Brasil é cada vez mais cotado no caso de se alargar o número de países com assento permanente", disse o ministro durante a 13ª Cúpula Ibero-americana, que terminou, ontem, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
Para ele, o fato de o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, apoiar o grupo de reflexão sobre a reforma é um indicativo de que o Conselho Permanente realmente possa ser alargado nos próximos anos. Hoje, apenas China, França, Federação Russa, Reino Unido e Estados Unidos têm assentos permanentes.
As principais atribuições do Conselho de Segurança da ONU são as de manter a paz e a ordem dos países, de acordo com os princípios das Nações Unidas, mesmo que para isso seja necessário o envio de tropas ao território em confronto. Os membros do Conselho também podem autorizar sanções econômicas para forçar países a acabarem com situações que coloquem em risco a população local.
Amorim também não descartou a possibilidade de o Brasil ceder parte do seu biênio para a Argentina, caso essa manobra fosse aceita pelo Conselho de Segurança.