Carlos Cymerman
Repórter da Rádio Nederland

Jerusalém - O primeiro ministro palestino, Ahmed Qurei, apresentou ontem, no parlamento de Ramallah, o seu novo governo formado por 24 ministros. Qurei acabou por ceder às exigências do presidente palestino, Yasser Arafat, sobre a escolha e as prerrogativas do novo Ministro do Interior Hakam Balaawi, um homem do círculo de Arafat, que continuará, desta maneira, controlando as forças de segurança palestinas.

Israel já manifestou o seu descontentamento por esta escolha, mas não ameaçou de boicote o futuro executivo palestino. Pelo contrário, Israel decidiu conceder a Qurei um período de trégua, que lhe permita combater o terrorismo. Segundo fontes do governo israelense, isto significa que caso não ocorram atentados contra a população de Israel, o exército israelense interromperá todas as suas operações em territórios palestinos.

Por outro lado, segundo informa a edição do jornal Haaretz de Tel-Aviv, do dia 12 de novembro , Ariel Sharon manifestou estar interessado em iniciar conversações diretas com Qurei, o que possibilitaria que Israel, eventualmente, demonstrasse que os progressos diplomáticos também são possíveis, tal como está exigindo a administração norte-americana.

Segundo o chefe dos negociadores palestinos, Saeb Erekat, o objetivo número um do novo governo será o de reviver o processo de paz com Israel, cumprindo-se a lei e acabando-se, definitivamente, com o caos que reina na Palestina. Para o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Richard Boucher, o importante agora é determinar quais os meios que o novo governo palestino estará usando para combater o terrorismo.
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