Brasília, 13/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Banco do Brasil obteve lucro líquido de R$ 1,744 bilhão até setembro, com crescimento de 22,1% sobre o lucro de R$ 1,428 bilhão de janeiro a setembro do ano passado. Segundo o presidente da entidade, Cássio Casseb, isso corresponde ao "retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado" de 22,9% e lucro por lote de mil ações igual a R$ 2,38.
No terceiro trimestre do ano (julho a setembro), o lucro líquido do BB foi de R$ 665 milhões, um incremento de 9,9% comparado com o lucro de R$ 605 milhões, obtido no mesmo período do ano passado.
Cássio Casseb anunciou que a Carteira de Crédito do banco cresceu R$ 9,6 bilhões, atingindo montante de R$ 72,6 bilhões, o que corresponde a expansão de 15,4% na comparação com setembro de 2002. Isso, em decorrência da conquista de 1,7 milhão de novos correntistas, o que eleva a base de clientes para 17 milhões de contas, com aumento de 13,8%.
O presidente do BB destacou a valorização das ações da instituição, no terceiro trimestre do ano, que chegou a 25,9%, fechando o período ao preço de R$ 16,00 por lote de mil ações. No acumulado janeiro-setembro a valorização aumenta para 74,9%, superior, portanto, ao bom desempenho de 42,1% da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
De acordo com Cássio Casseb, o patrimônio líquido do BB totalizou R$ 11,7 bilhões, com evolução de 39% na comparação com os R$ 7,8 bilhões registrados em setembro do ano passado; e os ativos totais alcançaram R$ 215,1 bilhões, com incremento de 0,8% na comparação com os R$ 213,4 bilhões anteriores.
O BB também registrou crescimento significativo de 17,8% em todas as áreas de crédito, com saldo de R$ 60,4 bilhões, com destaque para o aumento de 20,8% no crédito de varejo, em relação a setembro de 2002. O volume chegou a R$ 14,9 bilhões, dos quais R$ R$ 7,3 bilhões foram para o Crédito Direto ao Consumidor, R$ 2,5 bilhões para operações de contas especiais, R$ 1,5 bilhão para cartão de crédito e R$ 2,4 bilhões para o "BB Giro Rápido" às micro e pequenas empresas.
A maior movimentação, em volume de recursos, foi da carteira de crédito rural, com saldo de R$ 24,8 bilhões para o financiamento, custeio e comercialização da safra agrícola. Desse dinheiro, R$ 1,7 bilhão são de recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), aplicados em 649.623 contratos nos últimos 12 meses.
Enquanto isso, a carteira de crédito comercial encerrou o período com saldo de R$ 14,8 bilhões, com crescimento de 7,1% no acumulado, e a carteira de crédito internacional alcançou saldo de R$ 7,5 bilhões, com incremento de 7,6%, em grande parte devido a adiantamentos de contrato de câmbio (as contas ACC), que somaram R$ 6,7 bilhões no final do mês passado.
Cássio Casseb salientou, ainda, que o saldo de títulos e valores mobiliários totalizou R$ 74,1 bilhões, com variação negativa de 2,3% na comparação com o saldo de setembro do ano passado. Em contrapartida, as captações de mercado cresceram 2,5%, alcançando o total de R$ 149,5 bilhões: R$ 49,6 bilhões em depósitos a prazo, R$ 26,6 bilhões em depósitos de poupança, R$ 20,5 bilhões em depósitos à vista, R$ 6,4 bilhões em depósitos interfinanceiros e R$ 46,5 bilhões captados no mercado aberto.