Brasília, 13/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Um acordo entre governo e oposição vai facilitar os procedimentos de tramitação da reforma da Previdência no Senado. O texto da reforma deve ser votado em plenário no próximo dia 25.
De acordo com o líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante, as diferenças sobre a matéria estão mantidas. O governo continua com o compromisso de colocar os pontos divergentes numa PEC paralela, que será enviada à Câmara dos Deputados. "A intenção do governo é aprovar o texto da reforma da Previdência o quanto antes. Se a PEC original for modificada e voltar à Câmara dos Deputados, o governo estará descumprindo o acordo que fez com os governadores", afirmou Mercadante.
O líder do PFL no Senado, José Agripino, disse esperar que o governo dê eficácia aos pleitos da oposição. Já o líder do PSDB, senador Arhur Virgílio, deixou claro a posição do partido. " Não à PEC paralela, facilitar os procedimentos, e decidir as divergências no voto em plenário", afirmou.
A reabertura das negociações entre o governo e a oposição partiu de uma inciativa do líder do PMDB, senador Renan Calheiros. O senador disse que a situação não poderia continuar do jeito que estava e garantiu que o governo terá mais de 90 por cento dos votos da bancada. "O PMDB concorda que a emenda original não deve retornar à Câmara dos Deputados, mas vai lutar para que algumas sugestões do partido sejam incluídas na emenda paralela", disse Calheiros.
A reunião de reaproximação entre governo e oposição foi realizada no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e contou com a participação do líder do Governo, Aloizio Mercadante, e dos líderes José Agripino (PFL), Renan Calheiros (PMDB), Arthur Virgílio(PSDB),e do relator da reforma da Previdencia, Tião Viana (PT-AC).