Brasília, 14/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O contrato entre a Petrobrás e a Bolívia com o objetivo de reduzir o preço e a quantidade de gás importado daquele país não deve ser assinado este ano, informou o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer. Segundo ele, a Petrobrás compreende a posição do novo governo da Bolívia, que precisa primeiro avaliar a situação, onde o gás é um produto essencial, para que no tempo apropriado se produzam os acordos possíveis.
De acordo com o diretor da Petrobrás, a negociação está sendo feita passo a passo. Em um primeiro momento, o governo brasileiro pretende chegar a um entendimento em relação ao volume contratado e ao efetivamente entregue no ano passado. Havia controvérsias entre a avaliação do lado boliviano e a do lado da Petrobrás. A Bolívia entendia que o Brasil deveria pagar uma diferença em torno de US$ 110 milhões, enquanto a Petrobrás avaliava que o valor a ser pago chegaria no máximo a US$ 88 milhões. "São questões técnicas que estão sendo resolvidas na mesa de diálogo, de maneira amigável", afirmou.
Na avaliação do diretor da Petrobrás, o projeto de lei do governo boliviano objetivando aumentar de 18% para 50% a cobrança de royalties sobre o gás extraído no país não deverá afetar as negociações e que, ainda assim, o objetivo é trazer o gás a um preço menor, "porque se este custos não forem reduzidos nós não venderemos o gás boliviano no Brasil".