Rio, 12/11/2003 (Agencia Brasil – ABR) - No bimestre novembro/dezembro, o BNDES vai dar um novo salto em termos operacionais e irá desembolsar cerca de R$12 bilhões, quase 1/3 do subtraindo recursos emergenciais, o que significará triplicar a média de desembolso mensal observada até o mês passado, de R$2,2 bilhões.
O maior destaque nos próximos desembolsos do Banco deverá ser o programa BNDES Exim, destinado ao apoio às exportações, que acumulou no período janeiro/outubro deste ano desembolsos de R$5,9 bilhões e poderá chegar a R$11,5 bilhões no atual exercício, revelou o diretor de Planejamento do Banco, Maurício Borges Lemos.
Ele informou que o BNDES está retomando as operações de financiamento à exportação de automóveis, que ficaram paralisadas por algum tempo, efetuando duas operações experimentais com a Ford e a Volks para exportação de veículos a vários mercados estrangeiros, dentro da linha de Pré-Embarque.
As operações envolvem recursos em torno de R$1 bilhão cada e atendem ao esforço do governo para aumentar as exportações do país, disse o diretor. Ele afirmou que os recursos extraordinários liberados pelo BNDES para o Programa Emergencial de Energia, da ordem de R$5,998 bilhões, e a crise cambial, que levou o Banco a emprestar recursos de curtíssimo prazo, no total de R$ 2,245 bilhões, tiveram impacto sobre as liberações efetuadas pela instituição em 2002.
Isso explica a diferença entre os desembolsos realizados pelo banco no exercício passado, no montante de R$ 38,153 bilhões, e o volume de liberações que será atingido em 2003, com previsão de ser superado, da ordem de R$ 34,1 bilhões. O diretor do BNDES frisou por outro lado que essas questões emergenciais não evidenciam o desempenho do Banco.
O número de R$34,1 bilhões considera ainda desembolsos para o programa emergencial de energia de R$1,693 bilhão, dos quais já foram liberados até agora R$1,5 bilhão.