ONU alerta para a evasão de cientistas em países emergentes

12/11/2003 - 9h05

Nações Unidas - De acordo com pesquisa da Organização Internacional de Migração (OIM), mais de 40 mil cientistas latino-americanos abandonam, anualmente, seus países para instalar-se em nações ricas, onde são mais bem remunerados.

Na África – indica a agência da ONU - cerca de 25 mil profissionais deixam, todos os anos, seus países de origem na busca de salários mais altos e melhores condições de trabalho.

A questão da "fuga de cérebros", que constitui hoje um das mais sérias preocupações dos países emergentes, só pode ser combatida por investimentos estratégicos em ciência e tecnologia, passo essencial para a defesa dos interesses nacionais, diz Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de Campinas (Unicamp) de São Paulo.

"Me parece que vivemos, após a Segunda Guerra Mundial, com o medo de 'políticas agressivas', sobretudo as potências médias e os pequenos países. Esquecemos que é preciso não uma política agressiva, no sentido literal, mas uma política de defesa nacional. Esse é o ponto. Se nós não tivermos conhecimentos científicos e tecnológicos, que nos ofereçam condições de defesa do nosso território, das nossas culturas, teremos uma adesão forçada às potências mundiais", disse Romano.

são informações da rádio ONU