Porto Alegre, 8/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Não houve disputa no primeiro leilão de contratos de opção de venda de trigo da safra 2003, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Rio do Grande do Sul. Foram comercializados 8.640 contratos, do total de 11.110 ofertados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado. O governo federal ofertou um volume de 300 mil toneladas de armazéns localizados em 59 municípios gaúchos.

O superintendente regional da Conab, Carlos Manoel Farias, disse que ficou surpreso com a falta de interesse dos grandes produtores e das cooperativas de trigo, porque o preço era compensador. Ele explicou que o objetivo do governo com o leilão é dar sustentação ao preço do produto - o preço da saca caiu de R$ 30,00, no início da safra, para R$ 21,00 no momento, por causa do excesso de oferta.

Com o interesse menor que a oferta, foi mantido, até o final do pregão, o preço de abertura, de R$ 59,40 por contrato, o equivalente a R$ 0,132 a saca de 60 quilos. O preço de exercício foi fixado em R$ 440,00 a tonelada, com vencimento da opção do dia 15 de janeiro de 2004, o que sinaliza um valor de R$ 26,40 por saco. "Essa quantia garante a rentabilidade ao produtor", explica Farias, afirmando que o mercado costuma testar os primeiros leilões, mas que haverá maior interesse nos próximos que serão realizados.