Adauto autoriza início de obras de recuperação da Belém-Brasília

07/11/2003 - 15h49

Anápoilis (GO), 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A rodovia Belém-Brasília, pricipal eixo de ligação da região Norte com as demais regiões do Brasil, será totalmente recuperada. O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, assinou hoje a ordem de serviço autorizando as obras de recuperação, restauração e manutenção da rodovia nos estados de Goiás, Tocantins e Pará.

O presidente da República em exercício, José Alencar, e o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, participaram da solenidade de autorização das obras, que ocorreu às margens da BR-153, a cinco quilômetros do município goiano de Anápolis. De acordo com Anderson Adauto, a reforma não é uma simples operação tapa buraco. "Faz parte de um programa de salvamento dos principais eixos da malha viária brasileira", que além da recuperação de estradas em regiões metropolitanas e grandes cidades, dará prioridade à conclusão de obras inacabadas.

A rodovia Belém-Brasília corta quatro estados: Maranhão, Goiás, Tocantins e Pará. A recuperação do trecho maranhense da BR já tinha sido autorizada pelo Ministério dos Transportes no mês passado. A estimativa do governo é que cerca de dois milhões de habitantes destes quatro estados sejam beneficiados com as obras.

O governo federal vai investir R$ 227,9 milhões na execução da reforma dos 2.061 quilômetros da rodovia. Os recursos são do Banco Mundial, com contrapartida do governo brasileiro. Segundo Adauto, já estão garantidos R$ 33 milhões que serão usados neste ano e R$ 80 milhões em 2004.

Com a recuperação da rodovia, o governo coloca em prática o programa Contrato de Restauração e Manutenção da Malha Rodoviária Federal (Crema), do Ministério dos Transportes. A novidade é que as empresas que vão executar a obra, escolhidas por meio de licitação, ficarão responsáveis pela manutenção da rodovia durante no prazo de cinco anos, o que, de acordo com Adauto, é uma maneira de se evitar obras de má qualidade. Outra inovação é que, pelo contrato, a empresa encarregada da reforma terá que instalar balanças ao longo da rodovia, para verificar se o peso bruto dos caminhões está dentro dos limites permitidos.

A primeira etapa da obra, a ser executada nos próximos seis meses, será destinada à recuperação emergencial, de forma que no fim desse prazo a pista esteja sem buracos e deformações e com a sinalização adequada. Em seguida, será iniciada a restauração, que deve durar entre dois anos e meio e três anos.

De acordo com Adauto, ainda não foi feito nenhum estudo no ministério com vistas à privatização dessa rodovia.

Durante a solenidade, o governador de Goiás, Marconi Perillo, pediu o empenho do governo federal no sentido de retomar as obras da Ferrovia Norte-Sul, que passa pelo estado. Adauto disse que, até o momento, não há nenhuma decisão nesse sentido. "Nós estamos trabalhando, a equipe econômica, toda a área de infra-estrutura, para que o presidente possa, no ano que vem, anunciara alguma coisa".