Novo acordo com o FMI é uma espécie de seguro de carro para quem sabe dirigir, diz diretor do BC

04/11/2003 - 17h18

Brasília, 4/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O novo diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Alexandre Schwartsman, defendeu hoje o fechamento de um novo acordo entre o governo brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, o acordo representa uma "boa política". A gente está saindo da crise. Cautela e caldo de galinha ...", disse Schwartsman, após ser empossado no cargo em substituição a Beny Parnes.

Ele defendeu a negociação com o FMI como quem compra o seguro do carro, apesar de saber dirigir. Mas, questionado sobre como o contrato será fechado, respondeu: "Vai depender da conveniência do país e do Fundo".

Segundo Schwartsman, o novo tratado com o FMI deixará à disposição do país uma espécie de cheque especial, a ser utilizado se houver necessidade. O atual acordo do Brasil com o Fundo, no valor total de US$ 30 bilhões, vence em dezembro.

Schwartsman avalia que o ideal seria que o Fundo estendesse sua linha de crédito de contingência (CCL,na sigla em inglês), que se encerra no final do ano, para vigorar no novo acordo. "A linha funcionaria como prevenção à crise", disse.

Criada em 1999 para dar suporte a países que, mesmo tendo registrado avanços nas reformas de suas economias, fiquem sujeitos a crises externas, a linha nunca foi utilizada.