Brasília, 3/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O PT quer discutir uma nova agenda do Executivo para 2004, começando pela reforma do Judiciário. E para que isso aconteça, é fundamental a aprovação, ainda neste ano, das reformas tributária e da Previdência Social, afirmou o presidente do partido, José Genoíno.

A Executiva Nacional do PT reuniu-se hoje, em Brasília, para discutir os pontos que serão levados para reunião do Diretório Nacional, dias 13 e 14 de dezembro.

Genoíno disse que o PT pretende "tomar uma posição mais ofensiva e de maior articulação para viabilizar alguns pontos da reforma do Judiciário". O tema está em discussão no Senado e na Câmara. "Acho que o assunto está maduro para merecer a devida atenção do Congresso Nacional", disse.

José Genoíno voltou a defender o controle externo do Judiciário como forma de dar mais "transparência" ao poder.
Neste sentido, o presidente do PT quer evitar a discussão corporativa. Ressaltou que é preciso modificar a maneira como o assunto foi conduzido por conta das negociações da reforma da Previdência Social. "Temos que tirar a reforma da Previdência dessa relação e discutir a reforma do Judiciário a partir do ponto de sua importância para a democracia", alertou José Genoíno.

Ele acrescentou que para o Brasil ter um Judiciário forte é necessário criar mecanismos que barrem "certos escândalos que estão acontecendo". Genoíno afirmou que o Legislativo e o Executivo já fizeram suas reformas e, agora, "está na hora do Judiciário encarar esta questão de frente".

Na reunião do Diretório Nacional, em dezembro, também será feito um balanço do primeiro ano do governo Lula e as alianças que o partido pretende estabelecer para assegurar o seu objetivo de crescimento no interior do país. As expulsões dos quadros do PT dos deputados João Fontes (SE), João Baptista Babá (PA) e Luciana Genro (RS), e da senadora Heloísa Helena (AL), também estão na pauta.