Brasília, 3/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A situação do Brasil melhorou no que diz respeito ao combate ao uso e comercialização de drogas. A afirmação foi feita pelo secretário nacional Antidrogas, Paulo Roberto Uchoa, que participou hoje do encontro dos representantes da Comissão Interamericana para o Controle e Abuso de Drogas, no Itamaraty.

A comissão, coordenada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), é formada por 34 países e se reúne duas vezes por ano para discutir os avanços nas políticas de combate às drogas.

De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Nacional Antidrogas, o Brasil não tem consumo de heroína, conseguiu acabar com as plantações de maconha e de coca, e não existem campanhas pró-legalização de drogas. Segundo o secretário Paulo Uchoa, isso permite ao país trabalhar com mais intensidade contra o crime organizado e no desenvolvimento de ações de prevenção.

Paulo Roberto Uchoa fez um apelo aos prefeitos brasileiros para que, com o apoio do governo federal, desenvolvam programas de prevenção em suas cidades. "Temos que trabalhar em quatro pilares: família, escola, igreja e trabalho. Capacitar profissionais em todas essas áreas para que orientem os jovens sobre a problemática das drogas", afirmou o secretário.

A Secretaria conta com o apoio de outros ministérios no trabalho de prevenção. O Ministério da Educação, por exemplo, já está comprometido com o trabalho de capacitação de professores.

Apesar dos dados positivos, o Brasil não deixou de receber críticas da Comissão Interamericana. A principal delas se refere à lentidão no desenvolvimento de políticas contra as drogas.O secretário Nacional Antidrogas ressaltou que não vê como críticas as recomendações da Comissão Interamericana. "São oportunidades de avaliação e crescimento", concluiu.

No encontro, também foram analisados os relatórios do Mecanismo de Avaliação Multilateral (MAM). O mecanismo foi instituído pela OEA, em 1998, e contém todas as informações sobre a atual situação dos países no combate às drogas. Os relatórios de avaliação são públicos e podem ser consultados na internet, no endereço eletrônico: www.cicad.oas.org.