Brasília, 23/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - A educação pública brasileira precisa de mais recursos. Atualmente, apenas 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro são destinados para o setor. Esse valor é considerado insuficiente para atender as metas do Plano Nacional de Edcuação (PNE), conforme explicou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) Luiz Araujo. Segundo ele, o ideal seria dobrar esse percentual em sete anos.
Luiz Araújo lembrou que o custo de um aluno por ano no ensino fundamental é muito baixo, cerca de R$ 446,00. "O valor aceitável, pelo grau de desenvolvimento do país, é de R$ 800,00", informou. Para discutir e propor novas fontes de financimaneto que atendam as metas do PNE, o INEP está promovendo o seminário Financiamento para Educação de Qualidade. Durante os dois dias do encontro, especialistas em receitas pública e em financimento de políticas sociais vão formular diretrizes para superar o atual modelo de financiamento, além de discutir o sistema nacional de educação e as bases para uma nova política de fundos.
O presidente do Inep disse que o governo está também preocupado com a qualidade do ensino e ressaltou que haverá, ainda, uma maior fiscalização de como os recursos estão sendo aplicados. As principais metas do PNE, de acordo com Luiz Araujo, são universalizar em um prazo de dez anos os ensinos fundamental, infantil e médio além de propor que 30 por cento da população com idade entre 18 e 24 anos estejam na Universidade.Hoje esse indice é de 10 por cento.