Negociação para compra de gás boliviano ainda não tem prazo para ser retomada

23/10/2003 - 13h54

Brasília, 23/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - A negociação entre Brasil e Bolívia para importação de gás natural daquele país não tem data para ser retomada, informou hoje a secretária nacional de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster. Um novo acordo estava sendo discutido há dois meses e foi interrompido por causa da crise política na Bolívia, que resultou na renúncia do presidente Gonzalo Sanchez de Lozada.

A secretária acredita que não será necessário recomeçar "do zero" os entendimentos com o país vizinho, já que as conversações estavam adiantadas e proposta, praticamente fechada. Maria das Graças acredita que o plebiscito que deve ocorrer na Bolívia para que a população decida sobre a exportação de gás natural não afete as relações com o Brasil. "Existe um contrato comercial já firmado, com duração de 20 anos, entre os dois países. Em nenhum momento, ao longo dessa situação toda que houve na Bolívia, questionou-se esse contrato já firmado", afirmou.

Segundo a secretária, o fornecimento de gás tem sido normal. No período de maior crise, a importação foi de 17,5 milhões de metros cúbicos por dia. Hoje, a quantidade está em 15,6 milhões de metros cúbicos, redução provocada pela diminuição no consumo interno.