Brasília, 22/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - As empresas incubadoras, que têm como principal objetivo dar apoio a pequenos empreendedores, estão em expansão no país. Hoje já são 207 empresas e mais 71 em implantação. Pesquisa apresentada hoje pelo presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec), Luiz Afonso Bermutes, revela que as incubadoras já cresceram 30% este ano, no período de julho de 2002 a julho de 2003.
O levantamento mostrou que cada incubadora é responsável, em média, pela criação de 13 novas empresas, o que gera a cada ano 2,6 mil novos empreendimentos. A pesquisa revela que 90% das empresas que começam a partir de incubadoras conseguem lucros e forte representação no mercado, em até três anos.
Diferente do que vinha ocorrendo em anos anteriores, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está dando um apoio maior ao surgimento de empresas incubadoras nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, utilizando esses empreendimentos não apenas para empresas na área tecnológica, mas também para outros setores importantes e tradicionais da economia, como a criação de pequenas industrias alimentícias e padarias.
Além disso, regiões menos favorecidas e prefeituras estão recebendo grande apoio. A principal área de atuação das incubadoras é no setor de empresas de informática e de softwares, 55% do total. Em seguida, vem empreendimentos eletroeletrônicos (16%) e de agroindústria (11%). A grande surpresa revelada pela pesquisa deste ano foi o surgimento das empresas de design, que já ocupam 8% do mercado de empresas incubadoras.
"Da capacidade de formação de novos empreendimentos, 1.500 empresas já estão criadas, o que está rendendo 8.600 novos empregos", afirma Bermutes.
Segundo o presidente da Anprotec, para a criação dessas empresas, o custo anual das incubadoras é de apenas R$ 250 mil. "É um custo muito baixo, e o retorno é garantido, com o prazo máximo de três anos. Posso afirmar isso, porque os empreendedores recebem toda a formação necessária e cursos de capacitação para que possam fazer com que suas empresas lucrem".
De acordo com Paulo Okamoto, diretor financeiro do Sebrae, o processo de formação realizado pelas incubadoras é de extrema importância. "Após receberem toda a orientação, as empresas saem mais sólidas e mais preparadas, tendo, assim, melhor capacidade para responder às necessidades do mercado, com qualidade e produtividade, gerando lucros importantes".
Segundo Okamoto, as micro e pequenas empresas são as grandes responsáveis por 80% dos empregos e ocupações do país. "Apesar de não serem grandes arrecadadoras de impostos, respondendo apenas por 20% dos recolhimentos, são elas que sustentam a maioria dos empregos", informa.