Rio, 22/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - A taxa de desemprego no país ficou em 12,9% em setembro, contra 13% registrados em agosto. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa variação não foi significativa, a exemplo do que vem ocorrendo há cinco meses. Isto quer dizer que, apesar do crescimento da ocupação, esta expansão não foi suficiente para absorver toda a demanda por postos de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, restando um saldo de 2,78 milhões de pessoas a procura de emprego. Em igual mês do ano passado, a taxa de desemprego ficou em 11,5%.
Em setembro deste ano, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada hoje, havia 18 milhões 704 mil pessoas trabalhando nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, o que representa um aumento de 1,2% em relação a agosto. Entretanto, segundo o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, esse percentual deveria ser mais significativo, uma vez que, todos os anos, no decorrer do segundo semestre a indústria e o comércio costumam contratar mais devido ao período natalino. Na avaliação do pesquisador, o que ainda se vê é reflexo do forte desaquecimento da economia e dos baixos salários.
O mercado continuou apresentando sinais de informalização, absorvendo um contingente considerável de trabalhadores sem registro na carteira de trabalho. Este número aumentou 2,3% em relação a agosto e 8,7% na comparação com setembro de 2002, o que representa, neste caso, um aumento de 334 mil pessoas no total das seis regiões pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo).
O IBGE informou, também que, em setembro, o rendimento médio real do trabalhador ficou em R$ 834,20. Em relação agosto, houve queda de 2,4%, mas, na comparação com setembro de 2002, a redução foi de 14,6%. Nesta última relação, os mais atingidos foram os trabalhadores por conta própria, que tiveram perda real de 19,8% dos seus ganhos. Já os trabalhadores com carteira de trabalho assinada tiveram queda de 12,3% no rendimento e os empregados sem carteira de trabalho assinada, de 2,2%.