Brasília, 22/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - Companhias da França, Suíça e do Brasil mostram trabalhos de dança contemporânea na IV Bienal de Dança do Ceará. A Bienal será realizada de 4 a 9 de novembro em Fortaleza e de 10 a 16 em mais quatro cidades do litoral e do interior do estado.
Ao todo, serão 21 apresentações: sete espetáculos de três companhias francesas, um espetáculo da Suíça e 13 apresentações de 11 grupos brasileiros. Os grupos nacionais são de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Pernambuco. Além de Fortaleza, as cidades do Ceará que receberão espetáculos da Bienal são Sobral e Quixadá, no interior, e Icapuí e Paracuru, no litoral do estado.
As apresentações em Fortaleza acontecem em teatros como o José de Alencar, Boca Rica, Centro de Convenções, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e em praças públicas. O ingresso para os espetáculos é 1 Kg de alimento não-perecível para doação à Campanha Natal sem Fome.
A programação também inclui ateliês de dança, a partir do dia 29 de outubro, com o coreógrafo suíço Gilles Jobin e o francês Rachid Ouramdane, e oficinas de "Conscientização Corporal" com Anália Timbó (Cia. Vidança - CE), "Oficina Nova Dança" com Adriana Grechi (Cia. 2 Nova Dança – SP) e "Sapateado Contemporâneo" com Valéria Pinheiro (Cia. Vatá – CE).
Os patrocinadores da IV Bienal de Sança do Ceará são o Ministério das Relações Exteriores da França – por meio da Associação Francesa de Ações Artísticas (AFAA) - e o Banco do Nordeste. A promoção é do governo do Ceará - através da Secretaria da Cultura (Secult) - e da Aliança Francesa.
Um dos destaques nacionais é o Balé da Cidade de São Paulo, que participa do evento em apresentações no Centro Dragão do Mar; no Conjunto Palmeiras, na periferia de Fortaleza, e em outras cidades que também recebem a Bienal. O Balé da Cidade apresenta Desatino do Norte, Desatino do Sul e Divinéia.
Outra convidada para a quarta edição da Bienal é a Cia. de Danças Populares de Tuparetama (Pernambuco), que apresenta Dançando nas Alturas, um espetáculo em pernas-de-pau, em Fortaleza e Quixadá.
Três companhias nacionais foram selecionadas para a Bienal. A Cia. 2 Nova Dança, de São Paulo, traz Artéria – Quando se perde o norte; Rui Moreira, de Minas Gerais, dança Receita, solo criado especialmente para ele por Henrique Rodovalho; Peter Dietz, dinamarquês residente em Recife (PE), apresenta com o pernambucano DJ Dolores Versão: ao vivo, uma performance criada a partir do diálogo "em cena" de artistas das áreas de dança, música, vídeo, cenografia e luz.
Entre os grupos cearenses selecionados estão a companhia Vidança, de Anália Timbó, com "Mangue: memórias da pele" (prêmio EnCena Brasil); o bailarino Fauller, com De-Vir; Valéria Pinheiro, além de um solo de sapateado, apresenta Bagaceira, a Dança dos Orixás com sua Cia. Vatá; e Carlos Dos Santos com Mc + Hum. Um Canto pro Nobis.
Além de espetáculos e aulas, a Bienal oferece palestras e mesas redondas, onde entram em pauta a produção de dança, novas mídias e a produção francesa contemporânea. Dessa programação participam, entre outros nomes, Helena Katz (de São Paulo) e Armando Meniacci (da França).