Brasília, 16/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje, ao participar da abertura da Pré-Conferência Nacional do Meio Ambiente do Distrito Federal, que "a política de meio ambiente não pode ser construída apenas pelo Estado, mas com a participação efetiva de toda a sociedade".
De acordo com Marina Silva, "nós não promovemos ações pirotécnicas, nós somos de fazer, de realizar, e sabemos que a política de meio ambiente do governo tem de perpassar por todos os ministérios para que as ações sejam, de fato, integradas. Nós não viemos apenas para promover uma jardinagem ambiental".
Sobre a polêmica travada em torno da liberação de sementes de soja transgênica, a ministra disse não ser contra a ciência ou o desenvolvimento econômico, mas que está defendendo o princípio da prudência. "A ciência não pode subordinar a ética por um ambiente saudável", afirmou.
O coordenador do Fórum das Ongs, César Vítor Espírito Santo, denunciou que a região do Planalto Central já perdeu dois terços do Cerrado em consequência da ocupação desordenada vivida no Distrito Federal. Disse também que essa urbanização sem planejamento pode causar sérios prejuízos aos mananciais hídricos do Centro-Oeste.
Já o presidente do Ibama, Marcus Barros, chamou atenção para a necessidade de preservação dos recursos hídricos do DF, onde nascem as principais bacias hidrográficas do país. Disse também que "cuidar do Brasil é uma responsabilidade de todos: o governo não pode fazer isso sem a participação da sociedade".
Dias 28, 29 e 30 de novembro, em Brasília, as conclusões dos debates realizados em todas as Pré-Conferências estaduais serão apresentadas na Conferência Nacional. O resultado das discussões será transformado em documento que norteará a política nacional de meio ambiente.