Comitê Olímpico Brasileiro deverá receber, em 2004, R$ 48 milhões da Lei Agnelo-Piva

16/10/2003 - 17h47

Rio, 16/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Comitê Olímpico Brasileiro deverá receber, em 2004, recursos no valor de R$ 48 milhões, provenientes da Lei Agnelo Piva, que destina 2% da arrecadação das loterias federais ao COB (85%) e ao Comitê Paraolímpico (15%). O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, divulgou hoje os novos percentuais da verba que as Confederações Olímpicas brasileiras passarão a receber até o fim do ano que vem. Ele explicou que a alteração dos percentuais de algumas confederações teve como base estudo realizado pelo Departamento Técnico do comitê, no qual foram analisados os resultados da aplicação dos recursos em 2003 e a projeção das atividades para 2004.

"Os Jogos Olímpicos de Atenas são o nosso evento mais importante do próximo ano e foi com base nesta competição que priorizamos a nova divisão de percentuais", disse Nuzman. Dos R$ 48 milhões, 10%, ou seja, R$ 4,8 milhões, são destinados ao esporte escolar e 5%, R$ 2,4 milhões, ao esporte universitário.

Do orçamento, o Comitê Olímpico ficará com R$ 12,24 milhões (30%) da verba. O Fundo Comitê Olímpico Brasileiro receberá 10%, ou R$ 4,08 milhões, para atender a outras necessidades do COB e das confederações. O percentual para dividir entre as 28 confederações será de 60% dos recursos, ou seja, R$ 24,48 milhões.

Segundo Artur Nuzmann, o COB vai investir também na formação de técnicos de alto nível, ministrando cursos que não existem no Brasil e dando maior apoio às Confederações, com a criação do Instituto Olímpico. Acrescentou que os recursos, apesar de não serem suficientes, são importantes num país que já está chegando a uma faixa de recursos de US$ 10 milhões a US$ 12 milhões ao ano, em investimentos olímpicos, para participação em competições nacionais e internacionais.