Rio, 15/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Rio de Janeiro se prepara para liderar as ações de combate a qualquer forma de discriminação praticada no mercado de trabalho. Esta é a proposta do Fórum Estadual de Combate à Discriminação no Mercado de Trabalho, instalado hoje em cerimônia realizada no auditório do Ministério Público Estadual.
O Fórum será permanente e é promovido pelo Núcleo de Cidadania e Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho, em conjunto com o MInistério Público do Trabalho, com apoio de órgãos do governo federal. A proposta é desenvolver políticas afirmativas que façam valer o sistema de cotas nas empresas para deficientes e que acabem com a exigência da "boa aparência", entre outras questões.
O tema será amplamente debatido com representantes de vários segmentos da sociedade, em seminários que também em outras cidades do Estado, com o objetivo de colher subsídios e de promover o envolvimento consciente dos atores sociais na promoção da igualdade de oportunidades.
Para o delegado Regional do Trabalho, Henrique Pinho, os resultados de pesquisas feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) contrariam a tese histórica de que o Brasil é um país sem problemas de racismo. Ele lembra que a diferença salarial entre homens brancos e homens negros varia de 60% a 70 %, que as mulheres em geral ganham menos que os homens, que portadores de deficiência física não conseguem emprego e que portadores de HIV são discriminados.