Brasília - O estado de Roraima é campeão de irregularidades em obras rodoviárias nas estradas federais. O levantamento é do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), que, nos últimos dois meses, fiscalizou 260 em todo o país. Naquele estado, foram constatadas paralisações e suspensão do repasse de recursos. Dois claros exemplos são as obras de construção de pontes sobre os rios Tacatu e Arria, na BR-401. As empresas contratadas receberam dinheiro antes de prestar serviços. O mesmo aconteceu na restauração da BR-174. A obra foi paralisada e uma sindicância aberta.

De acordo com o engenheiro da Comissão Nacional de Fiscalização e Controle do DNIT, Luís Munhoz, o procedimento de fiscalização vem sendo alterado e, com isso, as chances de anomalias são reduzidas. Compõe essa mudança a adoção de comissões indepentes, formadas por especialistas no assunto. "Não se faz nada sem o aval da comissão de fiscalização. Os recursos só serão liberados depois das medições e com a assinatura de três responsáveis pela comissão", diz o engenheiro.

Em todo o Brasil, há uma série de deficiências. Entre as mais comuns estão: falta de colocação de placas de identificação do trabalho, não execução dos serviços, desempenho lento, e falta de registro do responsável técnico pela obra. O surpreendente, segundo o DNIT, é que na média os serviços são de qualidade "razoável".