Rio, 10/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - A qualidade de vida no Brasil melhorou bastante entre 1992 e 2002, mas ainda há muito o que fazer, principalmente na região Nordeste, onde a população continua sofrendo com a falta de saneamento básico. O nível de instrução é o mais baixo do país, as mulheres têm mais filhos e os salários pagos são mais inferiores ao restante do país. A conclusão é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios (PNAD/2002) divulgada hoje pelo IBGE.
O presidente do instituto, Eduardo Nunes, disse que são necessários mais investimentos em políticas de habitação, educação e saneamento básico para melhorar a qualidade de vida da população. Nunes destaca que as desigualdades sociais são agravadas pelos altos índices de concentração de renda. " O índice de Gini, que mede a concentração de renda, revela que em 2002 ainda é extremamente alta a concentração de rendimento no país e coloca o Brasil numa das piores situações quando comparado com os demais países", acrescentou o presidente do IBGE.
A presença da mulher no mercado de trabalho também vem crescendo, mas os salários pagos para as atividades dos homens continuam as mais altas. A PNAD/2002 destaca ainda o alto crescimento do número de residências com telefones fixos ou celular e a presença de micro computadores.