Brasília, 10/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - Áreas públicas ociosas podem se tornar fontes de alimento, renda e emprego para as comunidades carentes. A parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai apoiar projetos de agricultura urbana desenvolvidos nos municípios.
Para trocar experiências e explicar para o público o que é agricultura urbana e a sua importância no contexto econômico, social e ambiental, a Embrapa realizou durante três dias um seminário sobre agricultura urbana em Brasília. Experiências como a desenvolvida na área central de São Paulo e em mais cinco estados brasileiros foram expostas no seminário.
O projeto paulista, desenvolvido com o apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, na região da Mooca, tem obtido bons resultados. Apesar de ser novo, o projeto já envolve 12 famílias carentes, que plantam hortaliças para o próprio consumo e venda do produto.
De acordo com o coordenador do projeto na Secretaria do Meio Ambiente, Hans Dieter, já foram investidos durante esses cinco meses cerca de R$ 80 mil. Segundo ele, a renda das famílias é variada. Ele explicou que ainda não foi estabelecido um valor fixo porque a estrutura do projeto não está completamente montada. Mas a idéia é estabelecer uma renda de um salário mínimo por trabalhador.
O projeto vai ser implantado também próximo aos dutos da Transpetro. A parceria entre a Petrobras e o Ministério Extraordinário da Segurança Alimentar e Combate à Fome (Mesa) vai apoiar o desenvolvimento da agricultura urbana nessas áreas com o intuito de garantir alimento e gerar renda e emprego às populações ali residentes.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou no seminário propostas de criação de associações que fiquem responsáveis pelas hortas comunitárias nas áreas públicas próximas aos prédios.