Brasília, 9/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, evitou, durante sua explanação na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ), responder a comentários sobre as denúncias de corrupção que envolvem membros do alto escalão da Receita Federal, incluindo o secretário Jorge Rachid. O primeiro a questionar o ministro foi o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). "Quais as providências que o senhor tem sobre as crises de denúncia na Receita Federal e que está assumindo ares de escândalo?", indagou Virgílio juntamente com outras três questões relacionadas a reforma tributária.
Palocci respondeu aos temas da reforma tributária e não a questão da crise. Logo em seguida, foi a vez do líder do PFL, Agripino Maia (RN), insistir. "Não houve uma resposta de Vossa Execelência sobre o Rachid e não sou eu que vou cobrar. Tenho certeza que Vossa Senhoria vai falar sobre o fato à imprensa que está lhe aguardando. Sei que o senhor vai falar, que não está havendo perda de receitas pelas escaramuças da Receita Federal e que o senhor Jorge Rachid, é isto e aquilo", comentou em tom irônico o senador, também trazendo outras questões relacionadas à reforma tributária, sobre as quais o ministro respondeu. Ao comentário de Maia, relacionado ao secretário da Receita, o ministro sorriu.
O presidente da CCJ, senador Edison Lobão (PFL/MA), informou há pouco que a audiência, iniciada às 10h30, terá que se encerrar nos próximos 15 minutos porque o ministro tem compromisso agendado com o presiente Lula.