Brasília, 9/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - Um curto-circuito na rede elétrica, seguido de princípio de incêndio, ocorrido por volta das 9h30, paralisou hoje de manhã os trabalhos da Câmara dos Deputados. A pane ocorreu no quadro principal de energia, localizado na casa de máquinas do ar condicionado que abastece o anexo II da Casa. O excesso de fumaça chegou a causar muita apreensão, mas não houve propagação de fogo. Uma hora depois, a situação já estava controlada.

De acordo com o diretor de engenharia da Câmara, Reinaldo Carvalho Brandão, houve pânico no local por causa do excesso de fumaça: "Não houve incêndio. Aconteceu um curto-circuito que provocou uma fumaça tóxica, mas a situação já está sob controle", disse.

O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), determinou que fossem interrompidos os trabalhos nas comissões para garantir a segurança de todos. Segundo ele, todas as providências estão sendo tomadas para apurar as causas do acidente. O Corpo de Bombeiros foi acionado e está realizando uma vistoria geral nas instalações.

Segundo o comandante de socorro do Primeiro Batalhão de Incêndio, tenente Danin, a fumaça pode ser tóxica por causa dos elementos de combustão presentes no curto ciruíto. Mas, segundo ele, só a perícia poderá afirmar com certeza o grau de toxidade da fumaça propagada.

O Departamento Médico da Câmara atendeu a cinco pessoas intoxicadas pela fumaça, mas todas já foram liberadas. Segundo o diretor do Departamento Médico, Luiz Henrique Hargreaves, ninguém foi encaminhado ao hospital, pois as pessoas atendidas passam bem. Ele observou, todavia, que os efeitos da inalação da fumaça terão que ser avaliados.