Recife, 8/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - Alternativas para reduzir os impactos provados pelas empresas do setor elétrico no meio ambiente, que variam desde a poluição atmosférica até o desmatamento, extinção da fauna e da flora, além do deslocamento de populações ribeirinhas, estão sendo discutidas em um seminário promovido pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), no Mar Hotel. O encontro reunirá durante dois dias, na capital pernambucana, representantes de empresas do setor elétrico nacional, como Furnas e Eletrobrás, de organizações não governamentais (ONG's) e de universidades.

De acordo com o diretor do Programa Nacional de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino, os impactos das obras, que provocam mudanças na qualidade de vida e de sobrevivência de uma determinada população, por outro lado, beneficiam outras pessoas com a ampliação da capacidade de consumo energético. "É uma relação de custo benefício que precisa ser levada em consideração. Não podemos dizer que não queremos nenhum impacto, quando todos nós desejamos ter energia elétrica em casa", disse ele.
Sorrentino afirmou que é preciso analisar meios para conciliar a oferta de energia com procedimentos de proteção ambiental.

A Chesf, maior empresa geradora de energia elétrica do país, destinou este ano R$ 12 milhões para ações educativas de conscientização de empregados, parceiros e população envolvida com a operação de seus empreendimentos, com o objetivo de estabeçecer procedimentos de proteção ambiental e também para reparação de danos provocados ao meio ambiente.