Brasília, 08/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - As contas CC-5, utilizadas para remessas de dinheiro para o exterior e vice-versa, registraram saldo negativo de US$ 1,3 bilhão nos nove primeiros meses do ano. No ano passado, US$ 9,107 bilhões foram mandados para o exterior por meio das CC-5. Só em outubro de 2002, as remessas chegaram a atingir US$ 1,725 bilhão, quando o país passava por uma crise de confiança em razão das eleições presidenciais.
As remessas de recursos ao exterior são permitidas pelo Banco Central por diversas maneiras, mas, pela CC-5, o remetente não precisa explicar ao governo os motivos da transação. Normalmente, os interessados em enviar dólares para fora do país precisam explicar os motivos. No caso das remessas feitas pela CC-5, essas explicações são dispensadas e os envolvidos na operação são apenas identificados.
Em agosto, as contas CC-5 registram saída líquida de US$ 91 milhões do país por meio do instrumento, significando que no período a entrada de dólares no país foi maior que as remessas. Já em julho, o BC aponta saída líquida de US$ 110 milhões por meio do instrumento.
Ainda de janeiro a setembro foi registrado um ingresso líquido de US$ 2,741 bilhões, incluindo todas as operações de contratação de câmbio. Esse é o resultado da diferença entre os dólares que entraram e os que saíram do país no período, para a realização de operações comerciais, financeiras, somando-se aí também as operações feitas por meio da CC-5.