Rio, 6/10/2003 (Agência Brasil – Abr) – O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, anunciou hoje, na sede da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que o Brasil está entrando para o seleto grupo dos países que dominam a tecnologia de enriquecimento do urânio. "Com a terceira maior reserva do mundo, passa a ser o sétimo país a dominar o processo de ultracentrifugação industrial e comercial. A meta é chegar a 2014 atendendo a toda a necessidade de urânio de nossas usinas e exportando em torno de US$ 12,5 milhões por ano", afirmou.

Segundo o ministro, já a partir de meados de 2004 o Brasil começara a produzir industrialmente, na fábrica do INB, em Resende, no interior do estado do Rio, urânio enriquecido que será utilizado como combustíveis nas usinas nucleares de Angra 1 e 2.

O ministro Roberto Amaral destacou a economia de divisas para o país, que será da ordem de US$ 11 milhões a cada 14 meses. Atualmente, o país gasta US$ 19 milhões a cada 14 meses.
"A meta é chegar a 2010 produzindo 60% do urânio enriquecido utilizados nas duas usinas, e já a partir de 2014 as instalações de Resende terão a possibilidade de exportar serviços e tecnologia autônoma nuclear, além de produzir todo o urânio a ser utilizados nas usinas de Angra I e II e, muito provavelmente, também de Angra III, que com certeza nós construiremos".

Nielmar de Oliveira