São Paulo, 6/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, quer uma "revolução" no sistema ferroviário brasileiro. O primeiro passo para ampliar a utilização da malha ferroviária é solucionar o problema da falta de vagões o que, segundo ele, já está sendo resolvido com ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).
"Os concessionários e os clientes precisam de vagões, e nós temos uma indústria de construção de vagões que praticamente desapareceu. Queremos que esse setor seja reativado com a participação de todos", disse Adauto, hoje, em São Paulo, em reunião com uma câmara setorial formada por representantes de empresas concessionárias, de usuários do sistema e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O BNDES irá financiar a compra de novos vagões.
"Todos os países que são competitivos possuem um modal ferroviário que funciona bem, dando respostas à sociedade e ao setor produtivo. Nós queremos isso também dos nossos concessionários. O objetivo do presidente Lula é fazer uma mudança na matriz dos transportes, privilegiando o setor ferroviário", salientou o ministro.
Adauto Pereira afirmou que existem obrigações para todos os envolvidos. "Encontramos na câmara setorial a fórmula para fazer com que todos que estão nessa cadeia conheçam as prioridades do governo, para que juntos façamos a revolução no setor. Estamos trabalhando nesse sentido, com a participação de todos", ressaltou.
À tarde, o ministro estará com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, para assinar o Protocolo de Intenções visando a implantação do Anel Ferroviário de São Paulo (Ferroanel). A assinatura do documento será às 15 horas no Palácio dos Bandeirantes. (Carlos Gustavo Yoda)