Brasília, 2/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governo quer diminuir os gastos com a importação de tecnologia. Esse é o principal objetivo do Programa da Rede Brasil de Tecnologia, assinado hoje, entre os Ministérios da Ciência e Tecnologia, Minas e Energia, Petrobras e Eletrobrás. A idéia do acordo é desenvolver produtos com tecnologia nacional capazes de atender o mercado interno e competirem com empresas internacionais.
Os primeiros produtos serão criados para atender as áreas de petróleo, energia e mineral. Elas foram escolhidas por apresentarem os maiores orçamentos para os próximos anos. Nesta fase inicial, o Ministério de Ciência e Tecnologia vai investir R$ 10,4 milhões no programa. Os recursos são provenientes dos fundos setoriais CT-Petro e CT-Energia.
Segundo o ministro de Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, dados indicam que os gastos com as importações vão cair significativamente com o convênio. "Só na área de petróleo nós esperamos ter uma economia anual de US$ 1 milhão", disse. O acordo com a Petrobras destina-se, principalmente, a produzir equipamentos para plataformas marítimas, controladores para sistemas de segurança e no refino do petróleo.
A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, considera que o acordo reforça o programa de mobilização de indústria de petróleo e gás, lançado pelo governo. "Nós queremos que os produtores locais sejam capazes não só de fornecer para a Petrobras, mas que eles possam competir no mercado internacional", ressaltou.
Segundo Rousseff, outra vantagem do programa é a possibilidade de melhorar o nível de renda da população. "Tornando o Brasil mais competitivo e sua população mais rica. Nesse sentido, você pode dizer que relativamente os preços dos produtos podem cair", destacou.
O convênio prevê, ainda, incentivos para o desenvolvimento de sistemas de energia alternativa a partir de raios solares e aparelhos para a extração de rochas ornamentais no Espírito Santo. Neste mês, também deve ser lançado, pelo presidente Lula, parceria entre universidades e empresas com o mesmo objetivo do Programa Rede Brasil. A parceria deve vigorar a partir do ano que vem. O investimento deve ser de R$ 50 milhões.