Rio, 1/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Estado do Rio de Janeiro, Wagner Victer, afirmou hoje que o Plano de Massificação do Uso do Gás Natural, lançado pela Petrobras, só vai despertar o interesse dos empresários e dos consumidores se o governo alterar a política de preços do gás importado da Bolívia e desdolarizar a comercialização do produto no país. Segundo ele, a utilização do gás natural como combustível pelos setores industrial, comercial e de serviços é vista como um negócio de risco e só atinge entre 3% e 4% do mercado brasileiro.
"O potencial do mercado de gás natural no país é muito grande, mas as pessoas só vão ter interesse em usar o produto como fonte de energia se tiverem certeza de preços mais baratos e também que o governo vai apoiar a indústria nacional de equipamentos, hoje importados", acrescentou Victer, lembrando que o Rio de Janeiro é o Estado com maior aplicação do gás natural como fonte de energia, utilizando 15% do produto em sua matriz energética.
O secretário participou nesta manhã do VI Seminário Internacional de Geração Distribuída, promovido pelo Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), reunindo, até amanhã (02), na Marina da Glória, especialistas de 11 países em debates sobre a geração de energia elétrica próxima ao consumidor.
O gerente de Tecnologia do Gás Natural da Petrobras, Antônio Luiz Fernandes dos Santos, vai explicar à tarde, o Plano de Massificação do Uso do Gás Natural.