Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – "As exportações fluminenses nos últimos dez meses apresentam um comportamento de recuperação, crescendo acima da média nacional", afirmou o economista Augusto Franco, diretor corporativo do Sistema Firjan, durante o lançamento do I Boletim de Comércio Exterior do Rio de Janeiro - Rio Exporta, elaborado pela entidade e inédito no Brasil.
De acordo com o Boletim, o volume exportado pelas empresas fluminenses cresceu 25,5% no primeiro semestre de 2003, em comparação a igual período de 2002, contra incremento de 21,8% da média nacional.
O Rio de Janeiro mostra a melhor performance dentre os estados brasileiros, tendo aumentado sua participação no total exportado pelo país de 3,1% em 2000, para 6,3% este ano. Em 2002, no acumulado de 12 meses, a participação fluminense na pauta nacional alcançou 6,6%. Por conta desse desempenho, o Estado subiu da nona colocação no ranking das unidades federativas exportadoras no ano 2000, para a quinta posição hoje.
As maiores exportações efetuadas pelo Rio de Janeiro no acumulado janeiro/agosto de 2003 foram registradas em automóveis, ônibus e caminhões, inclusive carrocerias, com crescimento de 126%; laminados de aço (99,2%); e óleos combustíveis, inclusive diesel (77,8%).
Os principais destinos das exportações do Estado do Rio nos oito primeiros meses de 2003 foram os países do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México), com 28,3% de participação, puxados pelos Estados Unidos, que representaram 25,5% das vendas totais do Estado, respondendo por 65,8% das exportações fluminenses de petróleo e derivados.
O boletim destaca ainda as exportações para o Chile, que já ocupa o terceiro lugar como destino das exportações fluminenses, com participação de 6,9% no total exportado pelo Estado, depois da Índia, com 9%. Segundo a Firjan, as vendas para o Chile cresceram 89,3% de janeiro a agosto de 2003, em função da elevação das exportações de petróleo (154,2%) e de laminados de aço (116,9%). São também destaques como destinos dos embarques fluminenses este ano a China e a Argentina, com aumentos de 532,9% e 69,0%, respectivamente.