Com discurso semelhante ao de Bush, Blair reitera ações que levaram a destruição do Iraque

01/10/2003 - 11h38

Agência Brasil com informações da CNN

Brasília - O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse ontem aos integrantes do Partido dos Trabalhadores que reiterava sua decisão de ter ido a guerra contra o Iraque, apesar da grande oposição dos britânicos, dos próprios integrantes do seu partido e de boa parte da comunidade internacional. Com um discurso muito semelhante ao do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, Blair pediu compreensão e apelou aos cidadãos que se colocassem em seu lugar antes de julgá-lo.

Em discurso feito durante a conferência anual do Partido dos Trabalhadores, realizada no balneário de Bournemouth, Blair não pediu desculpas pela guerra, ao afirmar que "o mundo é agora um lugar mais seguro porque o ex-presidente Iraquiano Saddam Hussein já não está mais no poder".

"Iraque dividiu a comunidade internacional, há muita gente contrariada. Sei que muitos pensam que o que fizemos foi um engano. Respeito a opinião de todos. Podem atacar a minha decisão, mas peço que entendam porque a tomei e porque a tomaria novamente", discursou Blair, repetindo os apelos feitos pelo Bush durante seu discurso na Onu, na semana passada.

"Imaginem que vocês fossem o primeiro-ministro e recebessem a informação de que no Iraque há armas de destruição em massa, o que fariam? Diriam, tendo a informação do serviço de inteligência, que teriam o pressentimento de que as informações eram erradas?", apela Blair. Segundo ele, a ameaça de armas de extermínio representa "ameaça a segurança do século XXI".

"Não foi uma decisão simples. Nós que começamos a guerra, devemos concluir a paz", concluiu.