Brasília, 29/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - A proximidade do período chuvoso traz de volta a preocupação com o mosquito aegis aegypti, transmissor da dengue. Os técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde estão promovendo reuniões macro-regionais para avaliar os avanços obtidos nas campanhas já realizadas de combate ao mosquito e discutir propostas para o próximo
período de chuvas.
Nesta terça-feira, será realizada reunião em Cuiabá com os secretários Estaduais e municipais da região Centro-Oeste. No dia 2 de outubro, a reunião será em Londrina, com os responsáveis pela área de saúde da região Sul.
O coordenador-geral do Programa Nacional de Combate a Dengue - PNCD, do Ministério da Saúde, Geovanini Coelho, informou que 90% dos focos do mosquito aedis aegypti estão nas residências. "Para evitar a dengue não deixe a caixa d’água destampada e nem água acumulada em pneus, garrafas, embalagens e tampinhas", lembrou Coelho. Ele recomendou que os
pratinhos dos vasos de plantas devem ser lavados e enchidos com areia até à borda para evitar que o mosquito ponha seus ovos. "São medidas simples que todos os membros da família devem praticar para proteger a residência, evitando que ocorra a infestação pelo mosquito
transmissor da dengue.
A meta do Ministério da Saúde para o próximo período chuvoso é reduzir em 25% o número de ocorrências de dengue no Brasil. Este ano houve uma redução de 64% no número de casos no período de janeiro a agosto, quando a meta era reduzir esse número em 50%. Mesmo assim foram registrados 289.173 casos da doença em todo o país. Em 2002 ocorreram 2.616 casos
de febre hemorrágica, a forma mais grave da dengue, e 154 pessoas morreram. Este ano, ocorreram 600 casos de febre hemorrágica e 38 pessoas morreram.
Geovanini Coelho informou que além das reuniões macro-regionais, o Programa está orientando os secretários estaduais de Saúde a realizarem reuniões nos estados para discutir o combate ao mosquito da dengue com as entidades municipais ligadas à saúde.