Curitiba, 29/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governador do Paraná, Roberto Requião, afirmou hoje que o estado vai manter seu diferencial de qualidade e afastar a adoção da soja transgênica. A soja natural, segundo ele, tem aceitação universal e é uma das exigências para a abertura do mercado chinês, que acena com um acordo de importação do produto para os próximos 10 anos.

A posição do governador foi manifestada durante o seminário "Promoção de Exportações – O Paraná na Agenda Internacional", realizado em Curitiba. "Nós temos que defender o Paraná e o Brasil e deixar de lado a globalização, a não ser que ela seja interessante para nós", afirmou Requião. Ele disse que está em estudo a implantação de um programa de acompanhamento da soja no estado, desde a colheita até o embarque no Porto de Paranaguá, como forma de garantia de qualidade para os importadores. Para o governador, quem adotar a transgenia terá prejuízos a curto, médio e longo prazos.

O coordenador geral de Apoio à Promoção das Exportações do Ministério do Desenvolvimento, Arthur Pimentel, considerou importante a posição do governo do Paraná no que diz respeito aos transgênicos e disse que o assunto ainda deve gerar novas discussões. "É bom sabermos a posição do governo do estado, até porque estamos fazendo um estudo dos produtos com capacidade de competição e direcionando esses produtos para mercados específicos", disse.

O Paraná, acrescentou Pimentel, já firmou um acordo de cooperação para essas ações relacionadas às exportações. O plano estratégico de promoção comercial do governo federal não só leva em conta as características de cada localidade como também apresenta as ferramentas necessárias aos empresários para combater as barreiras de comercialização dos produtos.